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O que é ativismo digital?


O ativismo digital é uma forma de ativismo pela internet caracterizada pela defesa de causas, reivindicações e mobilizações.

Na reportagem do site El País, o consultor Oscar Howell-Fernández, autor da obra “La mano emergente” (“A mão emergente”, em tradução livre), define o ativismo nas redes sociais como:

“Uma representação mais ou menos exata de nossas preferências e de nossa atividade social que se desenvolve de maneira constante e diária online, diante de instituições públicas ou privadas, governamentais ou comerciais. Cada clique, cada comentários, cada like é um tipo de voto. Às vezes, esse magma de opiniões eclode em forma de protesto; no resto do tempo é uma fonte incrível de informação para os cientistas de dados."


Pessoas e grupos politicamente motivados utilizam a internet para difundir informações e reivindicações visando obter apoio para uma causa, debater e trocar informação, organizar e mobilizar indivíduos para ações, dentro e fora da rede. Para tanto são utilizados fóruns e grupos de discussões, abaixo-assinados e petições online, blogs, plataformas sociais, aplicativos e as mídias sociais.

Sandor Vegh, autor no livro “Classifying forms of online activism: the case of cyberprotests against the World Bank”, de 2003, considerado uma referência sobre o tema, cita três categorias de atuação do ativismo online:

1) Conscientização e promoção de uma causa (por exemplo, divulgar o outro lado de uma notícia que possa ter afetado a causa ou uma organização);

2) Organização e mobilização (convocar manifestações, fortalecer ou construir um público); 3) Ação e reação.


A ascensão do ciberativismo, no final do século 20, modificou o modo como a sociedade se manifesta e reúne apoiadores a uma ideia ou propósito.

Se, antes, a disseminação de informações dependia do suporte de meios de comunicação e mídia de massa, após o fenômeno da popularização da internet, sua propagação pode ser feita a partir de qualquer dispositivo conectado à rede.

Essa dinâmica quebrou a lógica de transmissão, realizada de poucos para muitos, abrindo espaço para processos de compartilhamento de todos para todos.

Dessa forma, todos têm a capacidade de dar voz a cidadãos comuns, alcançando milhares ou mesmo milhões de pessoas.


Foi o que aconteceu durante a Primavera Árabe, movimento que teve como principal impulso o ativismo nas redes sociais, em 2010 e desencadeou a deposição e renúncia de diversos ditadores após a divulgação de práticas opressoras e más condições de vida da população. Twitter, Facebook e Youtube foram empregados para mostrar ao mundo informações censuradas por governos autoritários e a mídia oficial de nações como Tunísia, Irã e Egito.


Mais do que ferramentas de comunicação, as mídias sociais são verdadeiros ambientes de discussão, onde se criam heróis e vilões, e definem-se os rumos de uma nação. E é melhor se acostumar. O ativismo nas redes sociais veio para ficar.


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